26 de agosto de 2010

Ducha

Olha só que estranho agir,
todo dia de manhã tomando banho,
às vezes com pressa, sem razão nenhuma,
aperto o sabonete e posso refletir

Tudo isso tem um fim, com certeza,
é o emprego de deslocar as idéias,
sem ter que pensar na beleza;
apago as imagens mais feias

Faça não uma desfeita,
mesmo que eu não quera rimar,
nestas linhas vou lhe dizer,
quão importante é me entender

Há tanta idiotice no resto do dia,
nem consigo acreditar,
como é que existe gente vazia,
que não medita em baixo da água

Mas, vamos definir o ato:
com o corpo úmido, molhado,
não há felicidade nem tristeza,
existe somente lógica e frieza...

(Mesmo esquentando esse líquido de infinito valor e sabedoria)

Tem que ser sincero, sem coração,
tem que ser ágil, sem preparação,
tem que ser doloroso, sem chorar,
esse é o meu jeito de te lembrar:

Ducha

Eis aqui meu carinho de manhã para você levar!





Minha tentativa de letras em português pode existir pra você não entender porra nunhuma. Mas não vou apresentar desculpas, caro leitor(a). Não. Tomará que de certo enquanto eu possa aprender esse belo idioma a vida inteira. Aprendizagem não tem fim. É, pode crer. Eu moro na Colômbia e adoro meu espanhol, mas obrigado pela sua leitura, pelo muito provável minuto de sucesso que os seus neurônios me deram. A vida e a ciência são assim. Bem-vindo(a) na roda da sensações!

2 comentarios:

Cristiano da Silva Teixeira dijo...

Prezado Javier,

parabéns pelas palavras, pensamentos, e finalmente parabéns pelo belo poema (ou poesia?).
Hoje sou um estrangeiro em uma terra estranha e sei como é bonito, e ao mesmo tempo doloroso, um outro idioma que não o qual aprendemos quando nascemos.
Saudações da Alemanha,

Paloma dijo...

Nossa, muito bom. (: